Karen Spark Jones

Por Amanda Gois

Karen Spärck Jones nasceu em 26 de agosto de 1935, em Huddersfield, Yorkshire, Inglaterra. Estudou História no Girton College, da Universidade de Cambridge, entre 1953 e 1956, completando um ano adicional em Ciências Morais (Filosofia).

Principais contribuições

Foi uma das pioneiras no campo da ciência da computação, especialmente nas áreas de recuperação de informação e processamento de linguagem natural(PLN). Em 1972, introduziu o conceito de Frequência Inversa de Documentos, uma métrica fundamental utilizada até hoje em mecanismos de busca. Essa técnica avalia a importância de uma palavra em um documento com base em sua raridade dentro de um conjunto de textos, sendo essencial para melhorar a relevância nos sistemas de recuperação de informação.

Além disso, Spärck Jones foi uma figura central no desenvolvimento de métodos que permitiram aos computadores compreender e processar a linguagem humana, contribuindo significativamente para o avanço das tecnologias de PLN e das interações mais naturais entre humanos e máquinas.

Firme defensora da inclusão feminina na computação, destacou-se por sua postura crítica diante do desequilíbrio de gênero na área. Seu famoso posicionamento — 

“a computação é importante demais para ser deixada aos homens” 

— continua ecoando como um chamado por equidade no setor.

Reconhecimentos e legado

Recebeu inúmeros reconhecimentos por suas contribuições. Foi agraciada com prêmios como o Gerard Salton Award (1988), ASIS&T Award of Merit (2002), ACL Lifetime Achievement Award (2004), ACM-AAAI Allen Newell Award (2006), Athena Lecturer Award do Grupo de Mulheres da ACM (2007), e a Medalha BCS Lovelace (2007).

Spärck Jones também foi homenageada como Fellow da British Academy, onde atuou como vice-presidente entre 2000 e 2002, além de Fellow da Association for the Advancement of Artificial Intelligence (AAAI) e da European Coordinating Committee for Artificial Intelligence (ECCAI). Em 1994, foi presidente da Association for Computational Linguistics (ACL), consolidando seu papel de liderança na comunidade científica internacional.